Minha História com os Trilhos Anatômicos

Minha História com os Trilhos Anatômicos

Minha história com a Fáscia e os Trilhos Anatômicos iniciou em 2013 quando fui apresentada a esse universo em um novo curso que fiz na época chamado ZEN.GA, que combinava pilates, yoga, dança e tai-chi utilizando a overball, reformer e blocos de yoga.

Jamais me esquecerei da querida PJ O’CLAIR apresentando com grande entusiasmo sobre o tema e sobre principalmente os Trilhos Anatômicos.

Eu e PJ em setembro de 2013
Eu e PJ em setembro de 2013

Me lembro dos cards contendo cada um dos Trilhos que ela colocou na parede para que acompanhássemos enquanto demonstrava movimentos para cada um daqueles caminhos com a flex-band.

Fiquei impressionada principalmente com a LSP (linha superficial posterior), pois através dela compreendi muitas das dores e desequilíbrios do meu corpo.

Card da LSP
Card da LSP

Mas afinal o que são esses Trilhos?

São continuidades de fáscia e músculo que transmitem força longitudinalmente por 12 linhas chamadas de Trilhos Anatômicos devido à analogia com trens já que para ser um Trilho é necessário seguir uma direção constante sem grandes desvios em um mesmo plano fascial.

O famoso macacão dos Trilhos Anatômicos confeccionado para facilitar nossa didática de ensino do mapa corporal mais famoso do mundo.

Thomas Myers diz em seu livro:

“A compreensão do esquema dos Trilhos Anatômicos conduzirá a uma percepção mais tridimensional da anatomia musculoesquelética e a uma valorização dos padrões de todo o corpo ao distribuir compensações no dia a dia e no desempenho funcional …a familiaridade com os meridianos miofasciais leva a uma compreensão diretamente aplicável de como os problemas dolorosos em uma área do corpo podem estar ligados a uma área totalmente “silenciosa” e muito distante do sintoma de apresentação.”

O livro Trilhos Anatômicos está na quarta edição. Adquira na Amazon

O livro Trilhos Anatômicos está na quarta edição. Adquira na Amazon.

Do Pilates para Fáscia

Eu era muito cobrada em melhorar a tal da mobilidade da minha coluna, estabilidade das escápulas e cabeça nas pranchas e suas variações na Stott Pilates. Me incomodava o fato de ser tão disciplinada com meus treinos, ter o privilégio de ser guiada por excelentes profissionais e não evoluir como eu acreditava que deveria, além de achar que o Pilates deveria curar todas as minhas dores.

Sou muito grata ao pilates, pois ele me apresentou uma nova forma mais global de cuidar do meu corpo, mas foi o olhar da fáscia que trouxe uma forma mais integrada de fora para dentro e dentro para fora por meio da sutileza e potência que essa roupa onipresente proporciona.

Após começar a me movimentar fascialmente (re)descobri meu corpo, tranquilizei minha mente e comecei a ter mais consciência do que as emoções modificavam em mim.

Um dos exercícios com olhar fascial que facilitou meu equilíbrio corporal quando iniciei essa jornada

Sentir primeiro, compreender depois

A prática sempre foi um caminho natural e intuitivo, quando eu ligava o som e começava a navegar pela overball com os novos movimentos era fácil encontrar novos caminhos para meu corpo e a cada dia que passava eu ficava mais distante das dores que eu tinha e meus alunos também.

Sentir sempre fez e faz sentido para mim, mas eu queria compreender o que eu sentia e estudar o universo da fáscia.

Perdi a conta de quantas vezes li o livro dos Trilhos Anatômicos e ele virou minha bíblia, pois carregava para todo lado, estudando, consultando e embasando o que eu fazia.

Os resultados com meus alunos começaram a acontecer cada vez mais rápido e meu estúdio ficou conhecido como: pilates com as bolinhas mágicas.

Aula no meu estúdio de Pilates e Fáscia

Nasce um método

Em 2016 nasce a ideia de criar um método por incentivo da Marcela Piston, que se tornou treinadora do método em 2018, além de conhecer a bolinha texturizada que era a peça que faltava para desenvolver o método.

Um dos eventos onde testamos o método antes de lançar a formação

Após um ano desenvolvendo a metodologia, testando, criando sequências e formatando as aulas nasce o Move Flow em setembro de 2017.

Na primeira formação eu já entendi que precisava de ainda mais embasamento para tudo o que eu fazia e sabia que funcionava, porém, eu mesma queria mais clareza para explicar meu raciocínio.

A primeira formação em setembro de 2017

A busca por mais conhecimento

Minha busca me levou para a Espanha no curso Anatomy Trains in Motion com a Karin Gurtner, referência mundial nos Trilhos Anatômicos em movimento. Me emociona lembrar a minha alegria em fazer meu primeiro curso no exterior e confirmar que eu estava no caminho certo.

Formação Anatomy Trains in Motion em outubro de 2017 em Madrid

Após essa ida segui por toda a formação com a Karin completando todos os 5 módulos que me renderam mais 2 idas para a Europa: Irlanda e Itália.

Último módulo da formação Slings Myofascial Training com Karin em outubro de 2018 Piacenza

Depois dessa imersão segui meus estudos com dezenas de referências mundiais no universo da fáscia até finalmente conhecer o próprio Thomas Myers em 2023 no retreat Evoke the Core na Suíça, onde ele e Karin mergulharam pela Linha Profunda Anterior.

Sou muito grata a Karin Gurtner por ampliar minha visão sobre Trilhos Anatômicos em movimento e principalmente por aprender com sua generosidade e alegria ao ensinar.

Com Karin Gurtner

Sou muito grata a Tom Myers por desenvolver esse conceito que revolucionou e revoluciona a forma de enxergar o corpo até então segmentado para uma abordagem mais integrada e holística.

Com Tom Myers

O caminho mais simples para avaliar, reabilitar, treinar e promover saúde

Ao longo desses anos estudando a fáscia em movimento conheci inúmeras formas de trabalhar o corpo com esse olhar fascial, mas para mim o caminho mais simples continua sendo através dos Trilhos Anatômicos.

Avaliar, reabilitar, treinar e promover saúde por meio desses caminhos é mais assertivo, diminuindo recidivas e ampliando as possibilidades!

Trilhos Anatômicos e Move Flow

No Move Flow as sequências são pensadas nesse raciocínio e você pode utilizá-las como método ou como ferramenta dentro dos seus atendimentos.

Numa aula completa do Move Flow você passa por todos os 12 Trilhos Anatômicos de forma equilibrada, o que por si só já auxilia a reabilitar e treinar mesmo que seja uma aula em grupo.

Utilizando o Move Flow como ferramenta dentro de outros métodos, você pode escolher uma ou algumas sequências que podem facilitar seus atendimentos de fisioterapia ou aulas de pilates, funcional, musculação, yoga, dança e até mesmo incorporar sua sessão de terapia manual.

Exercício para LSA (linha superficial anterior), LSP (linha superficial posterior) e LPA (linha profunda anterior)

Pioneirismo e diferenciação

Compreender o universo da fáscia e principalmente por meio dos Trilhos Anatômicos facilitará o equilíbrio dinâmico que você, seus alunos ou pacientes precisam, te diferenciará no mercado e aumentará o reconhecimento do seu trabalho.

Tornar-me especialista no treinamento fascial mudou completamente minha relação com o meu autocuidado, com meus alunos, com minha família e com todos ao meu redor, além de mudar minha vida profissional por trabalhar com algo pioneiro.

Independente da sua bagagem como profissional da saúde e do movimento, recomendo fortemente que você estude esse universo fascinante na teoria, mas principalmente o viva na prática, pois na minha humilde experiência quem vive o que faz sabe mais o que faz!

Sinta para fazer sentido!

Aulas práticas para você iniciar seu autocuidado e começar a aplicar.