Move Flow na Saúde Ocupacional
Por Thaís Cristina Almeida Siqueira
Educadora física e Embaixadora Move Flow
Eu nasci e cresci em uma cidade que só existe porque uma das maiores indústrias do Brasil se instalou aqui, e obviamente que, praticamente toda a minha família trabalhou ou ainda trabalha nessa fábrica.
Cresci em uma cultura de vida guiada por essa indústria e na minha jornada profissional tive diversas oportunidades de estar lá dentro observando e atuando como agente da saúde em movimento, além de todo o meu “laboratório pessoal”, com familiares, esposo e muitos amigos e amigas que escolheram esse caminho profissional.
Em todas essas oportunidades, pude perceber a relação do trabalho físico, mas muito além disso, da atuação mental e emocional em suas atividades dentro dessa indústria que exige presença, tempo, dedicação e doação.
Horas extras, turnos, altas temperaturas, produtos químicos, máquinas gigantescas e muito perigosas, que se não seguir à risca cada detalhe de operação, pode custar a vida, além do ambiente machista e capacitista que se torna comum, ou mesmo em escritórios com a gestão de tudo isso e com toda a responsabilidade que a grande indústria e o capitalismo exigem.
O Move Flow promovendo a saúde ocupacional
Em 2023 fui desafiada a levar inovação em assuntos importantes em palestras, DDSs (Diálogo Diário de Segurança) e SIPATs (Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho), mas também a inovação em atividades voltadas para o bem estar do colaborador.
Atingindo diversos perfis de trabalhadores e trabalhadoras em suas diferentes funções, a oportunidade foi perfeita para surpreender e ir muito além do óbvio do que essas pessoas estão acostumadas a receber de uma educadora física ou palestrante nesses ambientes.
E assim, eu levei o Move Flow que surpreendeu e encantou até mesmo aqueles trabalhadores encaixados em esteriótipos de “machão fortão da obra”, que não deixam de serem seres humanos rotulados por quem não entende a vida alheia.
Os resultados que o Move Flow propocionou
Em cada atuação com as bolinhas mágicas, os feedbacks foram incríveis e só corroboraram a minha teoria em construção sobre a inclusão do Move Flow no ambiente laboral como agente de cura e prevenção para os males que assolam os trabalhadores da nossa indústria.
Considerando a inclusão pelo Ministério da Saúde de 165 novas patologias à lista de doenças do trabalho, temos uma oportunidade de questionar se as ações de ginástica laboral convencional realmente têm condições de suprir uma prevenção mais abrangente de acordo com essas novas demandas na saúde do trabalhador.
Assim, há a oportunidade de ouro para levar a saúde através do movimento sob o olhar sistêmico do treinamento da fáscia para esses ambientes, trazendo mais visibilidade e integrando à cultura local. E o Move Flow é perfeito para isso, vou te provar:
- trazendo alívio de dores crônicas;
- auxiliando no tratamento de lesões musculares e articulares;
- sendo um incrível agente terapêutico de diversos desconfortos emocionais.
Move Flow na prevenção de doenças emocionais
Toda a ação do Método em nosso SNA, o foco da respiração, a música, a condução de voz e o toque da bolinha texturizada vai ser determinante como uma ação preventiva de ansiedade, estresse, depressão ou até mesmo o burnout.
Move Flow na prevenção e tratamento de lesões de dores
O raciocínio de movimento embasado nos trilhos anatômicos e com todas as suas características de treinamento da fáscia, assim como nos tratamentos e sessões em clínicas e estúdios fora do universo laboral, traz mais efetividade tanto na prevenção quanto no auxílio de tratamento de LERs, DORTs , dores crônicas e lesões do que a tradicional ginástica laboral com seus alongamentos, ouso dizer, ultrapassados.
Move Flow promovendo a consciência corporal
A atenção à biotensegridade, a tão presente conexão com a propriocepção e o estímulo mais particular dos mecanorreceptores que o Move Flow proporciona com tanta eficiência vai trazer aos seus praticantes trabalhadores muito mais noção espacial, consciência corporal, estabilidade e agilidade, que irão desencadear em maior eficiência e redução de riscos em serviços manuais, ou que exijam mais atenção.
Por si só o Move Flow já é uma atividade muito mais atrativa e lúdica, afinal, bolinhas soft, músicas que agradam a todos os gostos e a forma totalmente diferenciada de condução, elimina toda a sensação de monotonia e obrigação que a ginástica laboral convencional traz.
O Move Flow propõe um convite à auto percepção, estimula a consciência corporal, gerando, com sua prática regular, maior autoconhecimento e autoestima, base indiscutível para o bem estar mental de quem pratica.
Se o retorno financeiro com a prática da ginástica laboral convencional, que está ligada ao aumento de produtividade e redução de gastos médicos, é comprovado, indiscutivelmente, ele seria mais significativo com a substituição da ginástica laboral tradicional pelo Move Flow.
Vejo a indústria como um poderoso propagador de informação e conhecimentos transformadores, onde cada um ali dentro, vai levar para sua casa e seu círculo.
E se essa indústria buscar meios de engajar e agregar a família de cada colaborador em ações especiais, com certeza, podemos transformar muitas crenças que já estão ultrapassadas em nosso desenvolvimento humano pessoal e social.
E por isso eu não enxergo apenas uma atividade efetiva de saúde ocupacional, mas sim uma via muito potente de nossa busca por essa revolução da saúde. O Move Flow na indústria tem um potencial extraordinário, e eu sonho em alcançar proporções extraordinárias com essa dupla que parecia tão improvável! Vamos juntos?